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Ex-deputado federal Wladimir Costa é condenado a 12 anos de prisão por mensagens contra deputada

Eleito para 4 mandatos, ele ganhou notoriedade por jogar confetes no plenário durante o impeachment de Dilma Rousseff e tatuar o nome de Temer no braço

10/09/2024 às 16h24
Por: Redação Integrada Fonte: Regional 360 com Portal O Tempo
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O então deputado federal Wladimir Costa tatuou o nome de Michel Temer (MDB) no braço após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele exibiu a imagem em redes sociais  Foto: Reprodução/Facebook @deputadowlad
O então deputado federal Wladimir Costa tatuou o nome de Michel Temer (MDB) no braço após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele exibiu a imagem em redes sociais  Foto: Reprodução/Facebook @deputadowlad

O ex-deputado federal Wladimir Costa, conhecido como Wlad, foi condenado a 12 anos de prisão por ter cometido violência política ao fazer postagens ofensivas e expor a vida privada da deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA) em uma rede social.

A sentença foi proferida pelo Tribunal Regional do Pará (TRE-PA) na segunda-feira (9). O ex-deputado foi condenado pelos crimes de difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulher. A possibilidade de recorrer em liberdade foi negada.

O TRE-PA também condenou Wlad a pagar multa de um salário mínimo por dia durante 124 dias, somando R$ 175.088 – o período equivale aos dias em que os posts ficaram expostos em rede social. A Justiça ordenou ainda a remoção das postagens ofensivas.

A Polícia Federal prendeu Wlad preventivamente em 18 de abril, por causa das publicações contra Renilce Nicodemos. Ele chegou a sugerir, durante a transmissão de uma live, que os seus seguidores apedrejassem a parlamentar. Além de xingamentos, Wlad criou músicas contra ela, espalhou faixas pelas ruas de Belém e contratou carro de som para proferir palavrões contra Renilce.

No mesmo dia da prisão de Wlad, a deputada Renilce divulgou uma nota sobre o caso. Ela disse ter sido vítima de “toda sorte de crimes” de Costa contra ela, há seis meses. Sete dias depois, o TRE-PA concedeu habeas corpus ao ex-deputado.

No entanto, em 14 de maio, o político voltou à prisão, após a Justiça Eleitoral suspender o pedido de habeas corpus. Desde então, ele está em uma penitenciária. Conforme a legislação, quando a pena passa de oito anos, a prisão só pode ser cumprida em regime fechado.

Condenado também por ofender artistas

Eleito pelo Pará para quatro mandatos seguidos na Câmara, Wladimir Costa foi condenado a nove meses de prisão por injúria, em outra ação, em janeiro de 2023, por ofensas divulgadas na internet contra artistas como Wagner Moura, Sônia Braga, Glória Pires e o marido dela, o músico e cantor Orlando de Morais.

A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) permitiu que ele cumprisse a pena em regime aberto. Em resposta à condenação, Wlad escreveu em uma rede social  que não retirava “uma única vírgula” do que disse. “Minha mochila está pronta e um saco cheio de livros para puxar essa cana se necessário for, após nossos recursos que ainda serão impetrados pelos meus amigos advogados”, ressaltou.

As ofensas ocorreram em julho de 2017, quando Wlad era filiado ao partido Solidariedade. Ele mencionou os artistas ao fazer referência ao movimento “342 Agora”, que tinha integrantes da classe artística e pedia que parlamentares fossem a favor da aceitação da denúncia de corrupção feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o então presidente Michel Temer (MDB).

Na ocasião, Wlad disse que os artistas eram “vagabundos”, porque usariam fundos da lei Rouanet. Em discurso no plenário da Câmara, o parlamentar afirmou ainda que Wagner Moura era um “ladrão” e trocou o nome de Letícia Sabatella por “Letícia Mortadela”. O político também fez acusações contra Glória Pires e disse que o marido dela, Orlando de Morais, “nunca fez sucesso”.

Tatuagem em homenagem a Temer

Wlad tatuou o nome de Temer no braço após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em várias postagens nas redes sociais, ele fez questão de postar fotos com a inscrição desenhada no próprio corpo. Ele também ganhou notoriedade por estourar confetes no plenário da Casa no dia da votação que levou ao afastamento definitivo da petista.

Já durante o processo de cassação de Eduardo Cunha, Wlad integrou a chamada "tropa de choque" do ex-presidente da Câmara, defendendo-o no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Em 14 de junho de 2016, mudou seu voto assim que a derrota de Cunha se tornou irreversível com o voto da deputada federal Tia Eron, do PRB da Bahia.

Mandato cassado por gastos ilegais

O TRE-PA condenou Wlad, em 19 de dezembro de 2017, por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral no ano de 2014.

No ano anterior, ele já havia sido condenado com a perda de mandato pelo TRE-PA. Na época, Wlad havia declarado que gastou R$ 642.457,48 mil durante sua campanha na Câmara dos Deputados.

No entanto, o valor teria sido bem maior, afinal ele não declarou R$ 149 mil em despesas de material gráfico e R$ 100 mil em outras despesas em 2014.

Wlad tentou candidatar-se ao cargo de senador nas eleições de 2018, porém sua candidatura foi indeferida pelo TRE-PA, justamente por causa das condenações.

Empresário, cantor, compositor, apresentador de TV e radialista, o ex-deputado é dono de rádios e de uma TV no Pará.

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