O avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o México e o Brasil pousou em segurança na Cidade do México após sofrer um problema técnico e precisar voar em círculos por quatro horas e meia, com apenas um motor funcionando. A comitiva — incluindo o chefe de Estado — retornou ao aeroporto de onde decolou.
O jato presidencial pousou às 22h16 (horário de Brasília), com o chanceler Mauro Vieira, Andrei Galípoli (PF), ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, as senadoras Soraya Vieira Thronicke e Tereza Leitão, além de assessores.
Segundo uma nota oficial da FAB, o avião estava gastando seu combustível em voo antes de pousar, por uma questão de segurança. Membros da delegação que estavam no avião informaram ao UOL que Lula estava "tranquilo" e que não houve qualquer sentimento de pânico entre os passageiros.
Até mesmo um almoço foi servido, enquanto o combustível era consumido em mais de 2 mil quilômetros percorridos, em círculos.
O presidente já avisou a delegação que queria embarcar imediatamente no avião reserva que ficou no aeroporto mexicano. Como medida de segurança, a comitiva sempre viaja com dois aviões.
Menos de uma hora e meia depois de pousar, Lula já estava no avião reserva para decolar ao Brasil. Por volta das 23h45, o Planalto informou que "o presidente decolou no avião reserva da presidência do aeroporto Felipe Angeles, na Cidade do México, em direção a Brasília, com previsão de chegada de manhã".
'Tranco' logo depois da decolagem
Segundo passageiros, o avião passou por um "tranco" logo depois de decolar. Alguns pensaram que era apenas turbulência. Mas um ruído pôde ser ouvido.
Instantes depois, coube a um tenente coronel que sempre acompanha o presidente fazer o comunicado do problema aos passageiros.
A estimativa inicial era de que voariam por duas horas, antes de retornar para a Cidade do México. Mas a decisão foi por ampliar o gasto de combustível.
Entre os membros da comitiva, uma das possibilidades levantadas era de que o problema tenha sido gerado por um choque com um pássaro, logo depois da decolagem. Outra possibilidade seria a soltura de uma peça em um dos motores. A FAB (Força Aérea Brasileira), porém, insiste que as investigações serão realizadas a partir de agora, apenas com o avião em solo.
Lula, que comprou o avião em 2005, havia viajado para o México para a posse de Claudia Sheinbaum como presidente. Nesta terça-feira (1º), ele deixou a cidade mexicana em direção a Brasília. Mas o avião, que já foi alvo de críticas do próprio presidente, registrou problemas técnicos logo depois da decolagem.
A opção do piloto foi por retornar para a Cidade do México. Mas, para realizar o pouso, precisava antes reduzir o peso da aeronave.
Em 2023, Lula solicitou que a Aeronáutica fizesse uma avaliação para trocar o avião, ou que realizasse uma reforma do Airbus A330 da FAB, outro jato presidencial.
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