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Os rios Negro e Solimões não se misturam devido às diferenças de temperatura, velocidade e composição das águas

Por conta dessas diferenças, as águas seguem lado a lado por cerca de 6 a 10 km antes de finalmente se misturarem, criando um contraste visual impressionante: de um lado, a água escura; do outro, a água barrenta.

Redação Integrada
Por: Redação Integrada Fonte: Regional 360 com O Globo
24/04/2025 às 00h36 Atualizada em 24/04/2025 às 00h53
Os rios Negro e Solimões não se misturam devido às diferenças de temperatura, velocidade e composição das águas
Foto: Rede Manaus Hotel

O fenômeno em que os rios Rio Negro e Solimões correm lado a lado sem se misturar é conhecido como "Encontro das Águas", e acontece nas proximidades de Manaus, no Amazonas.

Esse espetáculo natural ocorre porque as águas dos dois rios possuem características muito diferentes, o que dificulta sua mistura imediata:

Temperatura: o Rio Negro tem águas mais quentes, por volta de 28°C, enquanto o Solimões é mais frio, com cerca de 22°C.

Densidade: o Solimões carrega uma grande quantidade de sedimentos, tornando sua água mais barrenta e densa. Já o Rio Negro tem água mais leve e escura, com poucos sedimentos.

Velocidade: as correntes também são distintas — o Solimões flui mais rápido, entre 3 e 6 km/h, enquanto o Rio Negro corre a aproximadamente 2 km/h.

Por conta dessas diferenças, as águas seguem lado a lado por cerca de 6 a 10 km antes de finalmente se misturarem, criando um contraste visual impressionante: de um lado, a água escura; do outro, a água barrenta.

Na Bacia Amazônica, o encontro das águas é relativamente comum, segundo o Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan. Ocorre sempre que um rio 'transparente' se encontra com outro, de águas escuras, como o Tapajós e o Amazonas, em Santarém, no Pará.

O encontro do Negro e do Solimões, porém, é avaliado como o maior encontro das águas do mundo, por conta do volume e da vazão - força e grandeza que podem ser vistas por mais de 10 quilômetros de distância, desde o ponto onde as águas se encontram até a diluição total entre as duas. "Os primeiros três quilômetros são marcados por uma linha quase rígida onde, à margem direita estão as águas claras e barrentas do Solimões e à esquerda, as escuras e transparentes do Rio Negro", descreve o Iphan.

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