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Onça que devorou caseiro deve ficar em cativeiro pelo resto da vida

Animal está há oito dias no instituto no Instituto Ampara Animal e vem se recuperando

Redação Integrada
Por: Redação Integrada Fonte: Regional 360 com CNN
29/05/2025 às 17h19 Atualizada em 29/05/2025 às 17h46
Onça que devorou caseiro deve ficar em cativeiro pelo resto da vida
A onça-pintada que devorou um caseiro no Pantanal não poderá mais voltar à natureza. Imagem: Divulgação

A onça-pintada que devorou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, ficará "o resto da vida em cativeiro", segundo o veterinário Jorge Salomão do Instituto Ampara Animal, de Amparo (SP), onde o animal está.

De acordo com o profissional, a onça, de idade estimadas de 9 anos, vem se recuperando bem. Ela está há oito dias no instituto. A transferência foi solicitada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP).

Há um novo cativeiro, há uma nova rotina, um novo manejo. Mas, por ora, está tudo dentro do esperado.Veterinário Jorge Salomão à CNN

Onça após ser capturada no Pantanal passou por check-up de saúde Imagem: Saul Schramm/Agência de Notícias do MS

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Ainda segundo Salomão, a onça tem demonstrado não ter medo de humanos. "Ele não tem a reação que normalmente os outros indivíduos têm. De sair, de evitar, de evitar conflito, ele acaba sempre encarando.".

A decisão de manter o animal em cativeiro foi feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Temporariamente, ele fica num recinto menor e, posteriormente, segundo o veterinário, será transferido para um local maior. A onça foi batizado de Irapuã, que em tupi-guarani representa agilidade e força.

Desde que chegou pra gente, é perceptível que ele tá muito habituado mesmo, ele não tem a reação que normalmente os outros indivíduos têmVeterinário Jorge Salomão à CNN

Recuperação do animal

O Instituto Ampara Animal informou que a onça chegou com diversas cicatrizes e que ganhou 13 kg durante sua estadia no CRAS-MS. No recinto em São Paulo, o animal contará com ampliação da área aquática e terá como foco sua recuperação física e emocional.

Jorge Salomão, também do instituto explica que o local não tem nenhum tipo de visitação. “Os nossos recintos são todos muito grandes, com grotões de mata nativa, cercados. São o mais próximo possível do que o animal iria encontrar em vida livre.”

Oito onças, cinco onças-pintadas e três onças-pardas já recebem cuidados no mantenedor. Cada uma delas recebe atenção individual com cuidados especializados.

O traslado do animal foi pelo programa Avião Solidário, da Latam

Onça foi batizada de Irapuã, que em tupi-guarani representa agilidade e força.   •  Instituto Ampara Animal

O traslado do animal foi pelo programa Avião Solidário, da Latam. Segundo a companhia, caso o transporte fosse feito por via terrestre, a viagem demoraria dois dias, considerando pausas e cuidados necessários ao longo do percurso. De avião, o trajeto durou quatro horas.

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