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NASA nega vínculo com brasileira que afirma ser futura astronauta

Laysa Peixoto afirmou que se tornará a primeira astronauta mulher brasileira, mas inconsistências e falta de histórico da empresa colocam voo em dúvida.

Redação Integrada
Por: Redação Integrada Fonte: Regional 360 com Olhardigital
13/06/2025 às 18h31 Atualizada em 13/06/2025 às 18h47
NASA nega vínculo com brasileira que afirma ser futura astronauta
Laysa é a primeira brasileira a liderar uma equipe na criação de tecnologias na NASA. Crédito: Reprodução/Instagram

Laysa Peixoto ganhou destaque nos últimos dias ao anunciar que poderia se tornar a primeira mulher astronauta brasileira. A mineira de 22 anos afirmou ter sido selecionada pela Titans Space para voar no voo inaugural da empresa, previsto para 2029.

O Olhar Digital já havia adiantado que a Titans Space não tinha registro para voar e que o projeto, de grandes proporções e com um prazo extremamente curto, seria um desafio nunca antes visto para uma empresa que jamais realizou um voo espacial.

Além disso, há alguns detalhes que precisam de mais esclarecimento. Em entrevista ao g1 em 2022, a jovem disse ter feito um curso de astronauta pela NASA e que pretendia se tornar a primeira mulher brasileira no espaço.

Apesar de ser vinculada à NASA, a Advanced Space Academy não é um treinamento oficial para se tornar astronauta da agência. De acordo com o órgão, o curso simula momentos da rotina de um astronauta. Na ocasião, Laysa também foi parabenizada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) por sua participação na expedição 36 do treinamento.

Imagens conceito da Titans Space (Imagem: Reprodução)

Em entrevista à Forbes em 2023, Laysa afirmou que liderava uma equipe da NASA em estudos envolvendo microgravidade. O projeto, na verdade, era parte da L’Space, instituição financiada pela NASA, mas que não faz parte da agência.

Em contato com o Olhar Digital, a L’Space confirmou que Laysa liderou uma equipe na elaboração de uma proposta para uma nova tecnologia projetada para atender a uma necessidade da NASA, mas que o projeto não chegou a ser integrado à agência.

Ao Olhar Digital, a NASA negou manter qualquer vínculo com a jovem. “Esta pessoa não é funcionária da NASA, pesquisadora principal ou candidata a astronauta”, disse a agência.

Laysa é a primeira brasileira a liderar uma equipe na criação de tecnologias na NASA. Crédito: Reprodução/Instagram

“Embora sua equipe não tenha recebido o fundo inicial de US$ 10 mil ao final da academia, sua proposta foi bem desenvolvida e identificada como uma das melhores do semestre”, disse a L’Space ao Olhar Digital. Laysa participou de duas academias de estudos voluntárias, voltadas para estudantes universitários, na instituição.

A NASA também afirmou que “o programa L’Space é um workshop para estudantes – não é um estágio ou emprego na NASA. Seria inapropriado alegar afiliação à NASA como parte dessa oportunidade”.

Em contato com o Olhar Digital, Laysa confirmou a participação no programa, mas negou que relacionou a oportunidade com a NASA.

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