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Exoneração de secretário da SEDUC/PA gera embaraço no governo e reações da oposição

Rossieli Soares “nunca sairia”, segundo o próprio governador Helder Barbalho.

Redação Integrada
Por: Redação Integrada Fonte: Regional 360 com Portal Conexão Belém
15/06/2025 às 13h19 Atualizada em 15/06/2025 às 14h05
Exoneração de secretário da SEDUC/PA gera embaraço no governo e reações da oposição
Foto: Reprodução Portal Conexão Belém

A saída de Rossieli Soares do comando da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC) caiu como uma bomba no cenário político local. A decisão foi motivada, segundo fontes próximas ao governo, por uma grave crise orçamentária e financeira enfrentada pela gestão do governador Helder Barbalho (MDB). A exoneração ocorre em meio a crescentes pressões internas e externas sobre a condução da educação no estado.

Rossieli, ex-ministro da Educação e nome ligado à ala nacional do MDB, teria entregado o cargo diante da dificuldade de executar projetos sob restrições orçamentárias severas. A crise coloca no centro do debate a vice-governadora Hana Ghassan, responsável pela Secretaria de Planejamento e Administração (SEPLAD), pasta que detém o controle do orçamento público desde a primeira gestão de Helder. A saída do secretário foi interpretada como um sinal de desgaste e embaraço dentro da administração estadual.

A exoneração repercutiu também entre parlamentares da oposição. A vereadora Vivi Reis (PSOL), em publicação nas redes sociais, criticou duramente o ex-secretário. "Rossieli Soares foi exonerado da Seduc. Mas ele não pode sair impune diante dos ataques cometidos contra a educação paraense e os trabalhadores", afirmou. A parlamentar exige responsabilização do ex-gestor, acusando-o de usar o cargo para favorecer interesses privados e pedindo que ele "nunca mais volte a ocupar cargos públicos".

A nomeação de Rossieli à frente da SEDUC ocorreu em 2023 e foi tratada como uma tentativa de reforçar o prestígio técnico e político da pasta. Sua saída, no entanto, levanta dúvidas sobre a capacidade do governo estadual em manter o equilíbrio fiscal sem afetar áreas sensíveis como a educação.

Com a exoneração, a pergunta que paira é: quem irá assumir a SEDUC, considerada uma das pastas mais complexas e estratégicas do governo? O novo nome terá o desafio de recuperar a confiança da categoria, reorganizar os investimentos e retomar os projetos paralisados diante do cenário fiscal crítico.

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