O presidente dos EUA, Donald Trump, foi formalmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz nesta terça-feira (24/6) por seus esforços para garantir o cessar-fogo entre Israel e Irã após o conflito armado iniciado com os ataques israelenses contra estruturas nucleares iranianas.
Em carta ao Comitê Norueguês do Nobel, o deputado Buddy Carter (republicano do estado da Geórgia) recomendou Trump para o prestigioso prêmio "em reconhecimento ao seu papel extraordinário e histórico na mediação do fim do conflito armado entre Israel e o Irã e na prevenção da obtenção da arma mais letal do planeta pelo maior Estado patrocinador do terrorismo do mundo".
"A influência do presidente Trump foi fundamental para a rápida concretização de um acordo que muitos acreditavam ser impossível", acrescentou Carter, parlamentar desde 2015.
Antes de costurar a trégua entre Tel Aviv e Teerã, Trump ordenou o bombardeamento das instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, atingidas pela operação Martelo da Meia-Noite no último sábado (21/6). Os bombardeios envolveram o uso de 75 munições guiadas de precisão, incluindo 14 bombas "bunker buster".
Em postagem na rede Truth Social, Trump comemorou o resultado da operação, classificando-a como um "ataque muito bem-sucedido". Ele afirmou que Fordow, considerada a principal instalação do programa nuclear iraniano por estar localizada sob uma montanha ao sul de Teerã, foi o alvo principal. "Fordow se foi", escreveu o mandatário.
O Irã declarou nesta terça-feira (24) o fim do conflito com Israel, após 12 dias de combates. Ambos países sinalizaram o fim do confronto. Segundo a imprensa estatal do Irã, o presidente do país, Masoud Pezeshkian, classificou o desfecho como uma "grande vitória" para a nação e afirmou que a guerra foi "imposta ao Irã pelo aventurismo de Israel". A declaração ocorre horas após o início oficial de um cessar-fogo, anunciado pelos EUA e mediado com apoio do Catar. Israel, por suavez, declarou que o seu foco a partir de agora voltará a ser a Faixa de Gaza.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, tinha dito na véspera que "a nação iraniana não é uma nação que se rende", sinalizando que o país manteria firmeza mesmo após os ataques americanos e israelenses.